O Poder do Perdão!
- quadrangulartemplo
- 22 de dez. de 2015
- 17 min de leitura

O Poder do Perdão!
Porque temos tantas dificuldades em perdoar ?
Marcos 2:1 ao 12
Como uma menina abusada sexualmente em casa vai perdoar seu algoz? Como uma esposa traída vai perdoar o homem a quem amou por tanto tempo? Como uma família que teve um filho assassinado vai perdoar o homicida? Como um adulto conviverá com o fato de ter sido abandonado ainda bebê perdoando sua mãe (ou seu pai)? Como alguém perdoará uma pessoa que teve uma dúvida a seu respeito e a espalhou como certeza, sem conferir, sem pensar nas conseqüências? Como um homem derrubado pela maledicência de "um irmão em Cristo" vai perdoar quem lhe causou tanto prejuízo? Como uma senhora que teve suas economias roubadas por um espertalhão vai lhe perdoar?Estas situações não deveriam nos sobrevir, mas nos sobrevêm. Se olharmos cada caso podemos até dizer: Neste casa da pra perdoar, mais neste outro aqui não. Sabe por que agimos assim? Por que somos sentimentais e quando somos feridos em nossos sentimentos a primeira coisa que fazemos é dar razão aos nossos sentimentos e o nosso ponto de vista é que conta. A pessoa ofendida sempre se coloca como vitima. Isso por que um dia acreditamos e confiamos naquela pessoa, e agora nos decepcionamos com ela. Quase sempre as pessoas que mais ajudamos são estas que nos decepcionam com tanta veemência. Ficamos tão amargurados com o que nos aconteceu a ponto de colocarmos a culpa em Deus e é muito comum pessoas ficarem magoadas até mesmo com Deus. A tendência agora é de não acreditamos em mais ninguém, por que não queremos nos decepcionar de novo.
A falta de perdão é um copo de veneno que eu bebo esperando que o outro morra
Salmos 130:4 Contigo, porem esta o perdão para que te temam.
Quando somos ofendidos, muitas vezes dizemos que não foi nada, que as palavras não doeram, que as atitudes não nos feriram. Mas no íntimo ficamos a remoer o ocorrido. O fato de dizer que não nos causou tristeza ou que não ficamos magoados com aquela pessoa não quer dizer muita coisa.
O perdão nos da autoridade para vivermos na benção se de fato perdoarmos.
Se de fato não ficamos tristes com a situação, por que estamos olhando com indiferença para aquela pessoa? Por que estamos evitando aquela pessoa? O perdão quando é verdadeiro a pessoa não vira os olhos para o outro lado. Perdoar não é ser educado e dizer: Bom agora é só esquecer. Muitos dizem que para perdoar deve esquecer completamente o mal que nos foi causado. Mas nós jamais esqueceremos, pelo contrario, quanto mais procuramos esquecer, tanto melhor será para a memória fixar aquilo. É como a pessoa que está com insônia, quanto mais procura dormir, mais acordado ela fica. A grande questão é olhar de frente aquele problema ate que aquilo não nos faça sofrer mais. Esquecer não pode ser o resultado do verdadeiro perdão e sim se lembrar do que a pessoa nos fez e aquilo não nos causar mais nenhuma dor ou constrangimento.
O perdão é difícil por que é caro!
Eu sempre digo que a primeira impressão que temos é que quem perdoa fica com o prejuízo, imagine aquela empregada que ao lavar a louça acaba de quebrar a jarra de cristal que custou 2.000.00 dólares, ela chega para a patroa e diz: Oh patroa me perdoe foi sem querer escorregou de minhas mãos etc. A patroa então diz deixa pra lá, eu te perdoa mais por favor preste mais atenção esta bem? Quem aparentemente ficou com o prejuízo? A patroa é claro, mais a patroa com o passar do tempo pode ser muito recompensada pela empregada, em fidelidade, honestidade a ela . O homem que perdoa paga um preço tremendo: o preço do mal que perdoou. Se o estado perdoa um criminoso, a sociedade sofre a carga da ação criminosa. Se quebro objetos de grande valor que você guardava zelosamente e você me perdoa, você sofre a perda e eu fico livre. Por isso que é muito difícil perdoar. Por que na maioria das vezes queremos que a pessoa repare os erros cometidos. Mais o verdadeiro perdão não pode ser assim, não há curto prazo. Muitas vezes jamais seremos ressarcidos do prejuízo, mais Deus nos dará meios que poderão surpreender as nossas expectativas.
O perdão custa caro porque é substitutivo.
Ninguém realmente perdoa a outro, a menos que suporte as conseqüências da ofensa sobre si mesmo. Essa substituição teve sua expressão máxima na pessoa de Jesus Cristo. Jesus Cristo que tomou o nosso lugar, suportando sua própria indignação, sua repulsa pelo nosso pecado. Esse é o preço do perdão. Deus não podia ignorar nosso pecado e não dar-lhe importância. Essa seria nossa atitude humana de dizer: "Não foi nada" eu não fiz nada? Não feri ninguém? Mais sabemos que o pecado fere sim não só as pessoas mais o próprio Deus. Deus tomou tão a sério o insulto total de nossos pecados que percorreu todo o caminho do Calvário para morrer. A cruz mostra que o perdão foi e é substitutivo. Quando Deus perdoa, Ele toma sobre Si os nossos erros, Ele assume o "prejuízo", uma dívida devida a nossa recusa em viver conforme Sua vontade, uma rebelião contra Seu amor. Somente Deus poderia pagá-la, porém a divida não pertencia a Deus. O homem é o devedor sem possibilidade de pagar.
Colossenses 2:14 tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz.
Quando é que eu devo perdoar?
Em primeiro lugar devemos entender que o perdão é gratuito e motivado pelo amor do contrario não terá valor algum. Não é apenas dar um recibo para a pessoa de quitação total. O perdão por mais que seja imerecido tanto da pessoa que pede perdão quando a que esta perdoando tem que haver uma verdadeira expressão de amor e um sentimento verdadeiro de perdão, do contrário Deus não tem como nos abençoar. Se você esperar para dar o perdão somente quando ofensor merecer, quem sabe este dia nuca chegara, na verdade isso não é perdão. O Perdão muitas vezes tem sido exercido apenas para inglês ver, ou seja, para que a gente não passe por ruim, para que não se crie situações constrangedoras e desfavoráveis diante das pessoas, mais para Deus o perdão não funciona desta forma.
Perdoe o mais rápido possível e faça isso de coração!
O tempo passa rápido, não o desperdice com sofrimento fútil, custa menos perdoar do que guardar mágoa. O alto preço que se paga pela falta de perdão poderá afetar todo o nosso futuro. No silêncio da nossa falta de perdão pagamos um preço muito alto e com juros abusivos. Perdoe antes que tu sejas dominado pela amargura. A amargura engessa nossos sentimentos é como cimento que misturam-se e se fixam firmemente. Uma pessoa amargurada se torna paralítica em seus sentimentos. Um profissional acusado falsamente, perde sua fé na justiça e autoridade. Uma moça traída por uma amiga, fica desconfiada e irritadiça. Uma mulher maltratada pelo marido, torna-se infeliz e doentia. A amargura paralisa e engessa as suas vitimas. Então, por que aceitar sentimentos amargos? Por que alimentar emoções negativas e aos poucos permitir que elas devastem nossas atitudes, motivações e mesmo nossa vida? Vivemos num mundo infestado por essas e muitas outras tensões de ódio, a menos que resistamos bravamente, do contrario seremos também contaminados se não agirmos. A amargura corta o nervo de nossas emoções, nosso amor se transforma em ódio, que se degenera em apatia, indiferença e fria neutralidade, elas acabam mortas, como que paralisadas.
Porque temos tantas dificuldades em perdoar ?
Mateus 5:22 ao 26 Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Louco, estará sujeito ao inferno de fogo. Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faz a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo. Por que somos sentimentais e quando somos feridos em nossos sentimentos a primeira coisa que fazemos é dar razão aos nossos sentimentos e o nosso ponto de vista é que conta. A pessoa ofendida sempre se coloca como vitima e o pior de tudo é que legislamos em causa própria. Isso por que um dia acreditamos e confiamos naquela pessoa, e agora nos decepcionamos com ela. Quase sempre as pessoas que mais ajudamos são estas que nos decepcionam com tanta veemência. Ficamos tão amargurados com o que nos aconteceu a ponto de colocarmos a culpa em Deus e é muito comum pessoas ficarem magoadas até mesmo com Deus. A tendência agora é de não acreditamos em mais ninguém, por que não queremos nos decepcionar de novo.
Pensar que não precisamos perdoar e pedir perdão é um mito a ser quebrado!
Viver o perdão é oferecer aceitação cordial aos outros. Não há perdão sem que aceite o outro como ele é . Alguns dizem: Posso perdoar, mas não esquecer. Sejamos claros e objetivos o perdão que leva as pessoas a esquecer não existe, alguns desejam exercer o perdão como se fosse uma amnésia sagrada que anula o passado. É como uma cicatriz, você pode recordar-se do ferimento, sem nunca reavivá-lo. Nada de reconsiderar, de remover resíduos dele, nada de assentar-se em velhos túmulos onde jazem as ofensas do passado. O passado é passado, nada pode mudá-lo, porém seu significado pode ter mudado completamente pelo poder do perdão.
O perdão liberta-nos do passado, cura-nos e restaura-nos no presente garantindo assim o nosso futuro!
Unicamente a bondade imediata do perdão que Deus nos mostrou em Jesus Cristo pode suavizar nossa amargura e sarar o coração pela ternura. Não porque é mais satisfatório para seu próprio ego e sanidade, mas pela demonstração mais forte através da atitude de Jesus Cristo em nos perdoar sem mesmo termos nascido.
Desculpas para não perdoar
Muitas pessoas quando perdem as estribeiras, imediatamente justificam-se, dizendo-se eu sou pavio curto, tenho um gênio muito forte. Outras dizem ser sinceras, aquilo que elas sentem põem para fora, não importando-se se vão ou não ferir os outros. Elas confundem sinceridade com hostilidade e falta de educação. Todos nós temos variações de sentimentos, mas os problemas podem tomar um outro rumo quando as frustrações de nossos pequeninos problemas diários se transforma em irritação e desespero por causa das circunstâncias desfavoráveis que vivemos. Sabemos que tudo isso pode nos levar à falta de perdão. Se nós pudéssemos colocar um termômetro em nossas emoções, verificaríamos toda uma escala de temperaturas raivosas. 40º explosão, irracional, violência, morte 39º atitudes temperamentais, ninguém interfere 38º hostilidade, antagonismo, rancores 37º costumeiras irritações, impaciência. Mais nada disso pode nos justificar diante de Deus que exige de nos uma atitude de perdão.
O termômetro do perdão!
Ha se tivéssemos o termômetro do perdão, parecido com o termômetro de medirmos o grau de febre. Várias causas poderiam elevar o mercúrio deste termômetro: O ciúme, inveja, quando um tipo que não lhe agrada consegue fazer algo que chama a atenção de todos e você não se sente capaz de perdoar. Podemos afirmar que os ressentimentos a magoas e a raiz de amarguro nos leva a febre espiritual. Em todas as situações, a causa primordial é a mesma, a raiva brota de alguma frustração do ego, quando o amor não é correspondido ficamos com raiva de tudo e todos. A raiva é um mal desnecessário, que fere os outros. É um desejo violento de ferir os outros. Já a ira diante de injustiças, pode levar um homem a libertar-se da escravidão e a tentar novos objetivos e transformar-se noutro. A ira pode desafiar injustiças ou corrigir males que oprimem. A palavra de Deus revela que podemos até ficar irados com o ocorrido, porém você tem que aprender manejar a ira. Ireis mais não pequeis diz as escrituras. Quanto mais alta a nossa ira, menor será o nosso senso, nossa razão, chegando a se transformar em ressentimento, e raiva a raiva nos levara a amargura, irritabilidade, ódio, maldade e centenas de outros sentimentos que serão armas poderosíssimas contra o perdão. Essa é uma questão que devemos propor todas as vezes que as nossas emoções quiserem tomar as rédeas. E se elas ameaçam a explodir, todo cuidado é pouco.
Por que é que temos tantas dificuldades para perdoar?
Por que somos engodados pelos nossos sentimentos entre tantos a raiva. O primeiro sentimento que aparece quando alguém nos trai é a Raiva.
A raiva pode ter motivações absurdas:
1) Muitas pessoas querem que as coisas aconteçam do seu jeito da sua forma de pensar. Se não acontecer esta pessoa logo fica raivosa e se magoa com muita facilidade a ponto de extravasarem sentimentos até de morte, estes são capazes de coisas absurdas.
2) Outra questão ou motivo é de querer extravasar suas frustrações, quando percebe sua própria incompetência ou inferioridade, é muito comum vermos pessoas ter explosões de raiva. A questão deve ser: Por que estou agindo desta forma? Por isso é necessário examinar-se a si mesmo e buscar em Deus através de sua palavra a cura interior.
Tiago 4:1 De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?
A raiva pode ser indício de culpa. A raiva é muito comum entre os que tem uma consciência má ou culpa reprimida. Um ladrão zanga-se se torna muito mais raivoso quando acusado de roubo do que um homem honesto. Quando sentir a raiva subir, fique de prontidão. E faça uma pergunta pra você mesmo. Por que estou agindo assim? Uma resposta honesta pode ser como um jato de água fria. Se a raiva lhe dá um toque de prazer, é um aviso de que essa raiva é extremamente nociva. Avalie devidamente a raiva que lhe dá prazer. Trata-se de ciúme, inveja ou ódio que se apresentam como parceiros, sempre que você humilhar uma pessoa que lhe a provocou. É seu orgulho ou auto estima que se deliciam com a satisfação de sujar quem o desmascarou! Se não pode achar a resposta, seus sentimentos íntimos são inexplicáveis. Ou se está sempre irritado, com a visão negativa, crítico é hostil, então, a todo custo peça auxílio. Conversar com alguém de experiência, como um pastor, ou um irmão em Cristo verdadeiro poderá te ajudar a compreender o poder do perdão.
Como seria maravilhoso se pudéssemos viver sem estes sentimentos!
Mais não tem jeito, enquanto tivermos esta natureza pecaminosa é impossível. A solução então seria pedir a Deus para nos libertar? Mais é muito relativo este pedido, você pode até se livrar dele por um tempo, mais nós temos estes sentimentos, o que devemos pedir a Deus é domínio próprio. Outra solução seria não conviver com este tipo de pessoas que só nos magoam, mas esta opção não nos é dada. Os desejos, dos outros (que nos incomodam) e os nossos (que incomodam aos outros), e as convivências tornam inevitáveis os conflitos. O conflito existe quando nós somos pensados como obstáculos aos desejos dos outros. O conflito existe quando nós pensamos nos outros como obstáculos aos nossos desejos. Nesses casos, a vitória é triunfar sobre os obstáculos, não importa o preço. Muitas vezes o resultado destes conflitos é a ofensa, seja ela verbal ou física. Precisamos aprender a conviver com nossas diferenças. O que fazer quando ofendemos? O que fazer quando somos ofendidos?
Nós também ofendemos e precisamos pedir perdão !
Não temos grandes dificuldades quando ofendemos as pessoas porque raramente temos a percepção que ofendemos. Quando ofendemos, não sofremos tanto. Tendemos a nos importar pouco com aqueles que têm algo contra nós. É tanta a nossa dificuldade que Jesus fala deste tipo de ofensa, aquela que nós provocamos. Diz ele: "qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento" Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta"
Mateus 5:22 ao 26 Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Louco, estará sujeito ao inferno de fogo. Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo.
Preferimos nos concentrar na maldade que nos fere, não em nossa maldade que fere os outros. Nela precisamos pensar. Pensar e agir, para ver o que podemos reparar. A ofensa que praticamos impede ao ofendido de cultuar a Deus e deveria nos incomodar também. A ofensa que recebemos nos impede de cultuar a Deus e deveria incomodar o ofensor também. Tomemos cuidado para não usarmos dois pesos e duas medidas: compreensão, para nós; juízo, para o outro. Nosso modo de ser deve exceder o dos fariseus. O juiz nesta questão não somos nós, mas os outros. Se o outro diz que o ofendemos, nós o ofendemos. "Se o seu irmão tiver algo contra você" eis a advertência de Jesus. O fato de eu não saber que ofendi não me torna inocente. No dia em que eu souber que ofendi, preciso agir. Não devo me esconder no fato de que não sabia ou que não tive a intenção. O sofrimento do outro não depende do que eu ache. Como eu me sinto quando sou a vítima, nessas mesmas condições? A possibilidade e a realidade de sermos os ofensores nos devem levar a atitudes prévias e posteriores.
Atitudes a serem tomadas mediante a ofensa
Se a nossa vida cristã não nos torna mais generosos e mais atentos aos outros, ela não vale nada. Temos déficit na área da atenção aos outros. E não é por olharmos demais para Deus. Quando nós o contemplamos, Ele nos manda olhar para os lados, para ver os caídos. Nosso problema é que tendemos a olhar demais para nós mesmos, a ponto de ficamos sem tempo para olhar os outros, prestar atenção aos outros, cumprimentar os outros, abraçar os outros. Precisamos orar para que Deus nos ajuda a nos livrar de nossa natureza centrada em nós mesmos, para olharmos para os outros. Não gostamos da atenção dos outros? Não gostamos de uma palavra amiga? Porque então não praticamos o mesmo? Se as pessoas se importam com a gente, dificilmente nós ofendemos com elas. Temos a tendência de sermos mais generosos, mais polidos, mais corteses com aquele (a) que vive nos bajulando. Em quanto isso temos a coragem de colocarmos a pessoa que nos ofendeu em nossa lista negra, e dificilmente sairá de lá enquanto não pagar tudo o que nos fez com juros e correção monetária.
O que ofensor deve fazer ?
Devemos nos lembrar que somos capazes de ofender. A aritmética é simples: para cada um ofendido, há um ofensor. Um dia somos ofendidos. Noutro dia, ofendemos. E não necessariamente nesta ordem. Devemos pedir perdão, mas perdão de verdade vindas de um sentimento de arrependimento diante das falhas cometidas por nós. Jamais peça perdão ou desculpas, pondo a culpa no outro, como eu já vi muitos fazendo por aí exemplos:
1. Não acho que tenha errado, mas lamento muito que a minha atitude lhe tenha trazido algum dano. 2. Não tive a intenção de ofender você, mas assim mesmo peço desculpas, pelo transtorno que involuntariamente causei. 3. A sua atitude não me deixou alternativa, senão reagir desse modo. Lamento muito. 4. Peço desculpas não pelo que fiz, mas pela forma que fiz; como vocês sabem, eu estava sob uma intensa pressão e me excedi. 5. Não era esta a minha intenção, mas, se magoei você, queira me desculpar. 6. Errei, mas, no meu lugar, qualquer um erraria. Desculpe. 7. Desculpe, mas você sabe que eu sou assim.
O certo é dizermos:
Perdoe-me pelo mal que meu erro lhe causou. Eu penso que a palavra "desculpas" é suave demais. Podemos até pedir desculpas para determinados casos, mais quando se trata de pedir perdão é algo muito mais serio muito mais forte. Perdoe-me é mais pessoal. Dizer perdão é para poucos, só mesmo para os bem-aventurados. Pedir perdão demanda atenção, humildade e coragem. Outra coisa importante no verdadeiro perdão é dispormos a pagar o preço ou reparar o prejuízo. Mesmo que nosso pedido de perdão não possa reparar o dano provocado (como no caso de um assassinato ou de uma maledicência), devemos nos dispor a pagar o preço, vestindo-nos com roupa de saco e pondo cinza sobre nossos corpos, como faziam os profetas do Antigo Testamento, para indicar a maldição em que estavam por terem pecado. No plano humano, todo perdão implica em um preço a ser pago. Lebre se de Zaqueu o publicano.
• Se furtei, devo pedir perdão e ressarcir o que surrupiei. • Se fofoquei, devo pedir perdão e minimizar os efeitos do meu pecado. • Se usei palavras duras, devo pedir perdão e me dispor a não as repetir. • Se traí a confiança, devo pedir perdão e me propor a ser fiel. • Se atravessei a rua para não falar com alguém, mesmo que não me tenha visto, devo pedir perdão e me dispor a gestos mais solidários. • Se fui ríspido ou deselegante, devo pedir perdão e me vigiar mais para não explodir de novo. • Se faltei a um compromisso, devo pedir perdão e desejar, de coração, nunca mais faltar. • Se reagi impensadamente, com violência ou não, devo pedir perdão e orar para que meu jeito de ser seja transformado.
Como deve agir aqueles que foram ofendidos?
Precisamos analisar o nosso próprio coração, será que realmente perdoamos aqueles que nos ofenderam? No Rio de Janeiro (e isso acontece em todas as cidades brasileiras), uma família sai de um culto e, já chegando em casa, é assaltada. Tudo é entregue ao ladrão. No entanto, a moça, de nome Karla, pede para conservar a Bíblia e o crachá da empresa onde estagiava. A resposta foi um tiro que lhe tira a vida. A rotina triste das cidades brasileiras foi quebrada pela atitude da família, que decidiu perdoar o assassino.No dia do enterro de Karla (dia 30 de março de 2009), sua mãe, Ivonete Fátima Leal, disse: "Senhor, fico feliz que ela esteja nos seus braços, mas me dá um consolo. Que esse rapaz venha te conhecer e venha para casa do Senhor". Talvez uma enquête sobre este perdão tivesse como resultado a condenação dos que perdoaram o assassino. Possivelmente, até mesmo entre cristãos a atitude não seria unanimemente apoiada. Um argumento é que o perdão contribui para a impunidade, o que é uma desculpa para não perdoar.
Algumas perguntas indigestas nos ajudam nesta tarefa.
Tirando de lado a complexa questão política, que beneficio tem uma família em não perdoar o assassino de um filho? É evidente que o estado fará justiça que pode fazer, talvez condenando o homicida a alguns anos de prisão. Que benefício tem uma mulher em não perdoar o marido que a traiu? Perdoar, é claro, não implica em fazer de conta que a ofensa não existiu. Que benefício tem uma menina que não perdoa o parente que abusou dela sexualmente. Repito perdoar, é claro, neste caso não implica em esconder a ofensa cometida, a pessoa deve sim ir para a prisão e pagar pelos seus erros devendo o ofensor até mesmo denunciá-lo(a), para que não faça outras vítimas. Mais e agora ficará por isso mesmo? Ou será que tanto aquele que ofendeu como o que foi ofendido estão precisando de perdão. Claro que sim ! Um precisará do outro para que vivam suas vidas na presença de Deus. Sei que a pergunta "que benefício" é incômoda, mas é uma forma didática de nos ajudar a pensar sobre o que fazer com os nossos sentimentos, quando somos nos os ofendidos ficamos esperando uma atitude da pessoa que nos ofendeu de um jeito ou de outro, mais quando somos nos que ofendemos não há pressa não tem muita importância, ledo engano pois estamos no mesmo pecado! Devemos ter consciência de que o perdão é condicional e há três condições que a palavra de Deus nos propõe e são elas:
A primeira condição esta em Atos 3:19
Chama-se arrependimento!
Devemos nos arrepender dos nos atos que praticamos e a melhor palavra que eu encontro para arrependimento chama-se tristeza, isso por que o verdadeiro arrependimento nos causa dor pelo ocorrido. Quando eu me entristeço por algo que eu fiz e que magoou alguém eu dei o primeiro passo em direção ao perdão na presença de Deus. Se eu fiz algo para e isso não me causou tristeza e por que eu não estou deixando o Espírito Santo fazer a obra em mim.
A segunda condição esta em I João 1:9
Chama-se Confissão dos nossos pecados
Se eu ofendi aquela pessoa eu devo confessar o meu pecado a pessoa ofendida, não adianta confessar ao pastor ou a qualquer que seja. O alvo de minha confissão deve ser a pessoa ofendida. Agora eu só deve procurar a pessoa ofendida se eu estiver na primeira condição que e o arrependimento genuíno. E a minha tristeza pelo meu erro cometido que me leva a pessoa ofendida para que eu possa confessar o meu pecado. Se eu pequei contra Deus quem é a pessoa que devo buscar o meu perdão? É Deus, mais quando eu peco contra aquela pessoa não adianta buscar a Deus tenho que buscar a pessoa ofendida. A terceira condição esta em Matheus 6:12
Chama-se Perdoar para poder ser perdoado
Se eu não tiver disposto a perdoar aqueles que me ofendem, o pai celestial não me perdoara as minhas ofensas, ou seja, os meus pecados. É a lei da reciprocidade, é muita hipocrisia do ser humano dobrar seus joelhos diante de Deus pedindo perdão dos seus pecados, quando ele mesmo não consegue perdoar os que lhe ofenderam. Deus não dará de seu perdão para aqueles que não estão dispostos a perdoar. Milhões de cristãos estão aprisionados dentro do seu egoísmo profundo achando que o perdão é uma coisa banal e que esta relacionado apenas com Deus. Eles dizem: Eu não sou Deus para perdoar! É o que a bíblia revela a respeito daquele homem paralítico que foi conduzido pelo telhado para ser curado. Todos razoavam em seus corações: Quem ele pensa que é para perdoar pecados? Só Deus pode perdoar pecados! E Jesus respondeu: Para que vocês saibam que o filho do homem tem poder para perdoar pecados disse: Homem pegue a sua maca e vá para sua casa. Precisamos entender que alem de termos o direito de perdoar há poder no nosso perdão.
Salmos 130:4 Contigo, porem esta o perdão para que te temam.
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